Eixo: Dispor da Infraestrutura

Expansão do acesso à Banda Larga

Você sabia que:

A expansão do acesso à banda larga no Brasil pode reduzir significativamente o Custo Brasil ?

O aumento da conectividade não só impulsiona a economia digital, mas também melhora a competitividade do país, facilitando o acesso a novos mercados e promovendo a inovação em diversos setores.

Imagem de Introdução
Acompanhe o impacto da iniciativa (atualizado em Novembro de 2024)

A diminuição de R$ 5,76 bilhões no Custo Brasil reflete os benefícios econômicos já alcançados com a expansão da infraestrutura de banda larga, ao reduzir a lacuna de assinaturas em relação aos países da OCDE.

 

R$ 5,76 bi de diminuição no custo da Infraestrutura de Telecomunicação, frente a um potencial de redução de  R$ 69,26 bi

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Análise do tema e impactos na Competitividade

A expansão da banda larga de alta velocidade no Brasil, impulsionada pela implementação do 5G, representa uma transformação estratégica para o crescimento econômico e a competitividade global do país. Com maior velocidade de transmissão, baixa latência e capacidade para conectar múltiplos dispositivos simultaneamente, o 5G permitirá avanços significativos em setores estratégicos como agronegócio, educação, saúde e segurança pública. Essa infraestrutura habilita tecnologias de ponta, como a Internet das Coisas (IoT) e a Indústria 4.0, modernizando processos, aumentando a produtividade e ampliando a inclusão digital, especialmente em áreas remotas.

O Decreto nº 10.480/2020, que simplificou o processo de instalação de antenas e incentivou o compartilhamento de infraestrutura, foi um passo fundamental para acelerar essa transformação. Contudo, desafios regulatórios ainda persistem em nível municipal, e políticas adicionais serão essenciais para aprimorar a eficiência regulatória e ampliar o acesso à banda larga em todo o território nacional.

Entre 2021 e 2023, o Brasil conseguiu reduzir o gap de densidade de acessos à banda larga em relação aos países da OCDE, de 20,8 para 17,8 acessos por 100 habitantes, refletindo um avanço importante para a infraestrutura digital do país. No entanto, o custo econômico dessa lacuna ainda é expressivo. A expansão da banda larga nesse período proporcionou ganhos substanciais para o país, mas o crescimento do PIB de R$ 9,012 trilhões para R$ 10,856 trilhões no mesmo intervalo, tornou o impacto das iniciativas menos visível em termos proporcionais. Em um cenário de PIB constante, o impacto gerado pela expansão da banda larga teria sido ainda mais significativo. Nesse cenário, a captura adicional seria de R$ 18,87 bilhões, elevando o potencial total de R$ 76,2 bilhões, em vez dos R$ 69,26 bilhões observados com o PIB crescente.

A implementação eficaz e abrangente do 5G tem o potencial de atrair investimentos, gerar empregos e aumentar a competitividade do Brasil em escala global, contribuindo diretamente para uma economia mais digitalizada e integrada. A continuidade do desenvolvimento da infraestrutura de banda larga será decisiva para que o país reduza ainda mais o Custo Brasil, especialmente se o setor de telecomunicações mantiver um ritmo de expansão superior ao do PIB, ampliando os ganhos de produtividade e inclusão digital.

Processos monitorados

Atualização das legislações municipais

O Ministério das Comunicações (MCOM) publicou o decreto Decreto 10.480 de 2020 que regulamentou a Lei das Antenas, com o objetivo de simplificar e agilizar o processo de autorização do setor, estabelecendo diretrizes para a instalação de antenas, torres e equipamentos.

Pendente de publicação de Regulamentações por parte dos Municípios.

Em dezembro de 2023, 10% dos municípios brasileiros tinham leis de antenas atualizadas para o avanço do 5G.

Infraestrutura para a conectividade: Ampliar a disponibilização e o acesso à internet banda larga

O projeto visa aprimorar a infraestrutura para conectividade, visto que muitos municípios ainda mantêm legislações que dificultam o licenciamento para a instalação de estruturas, impondo obrigações, custos elevados e maior complexidade à aprovação de projetos no setor.

Aguarda a publicação do Relatório de Diagnóstico a ser emitido pelo GT do Custo Brasil junto ao CNDI.

INDICADORES

A utilização de Indicadores faz parte de uma metodologia de monitoramento capaz de medir a conjuntura econômica e sua evolução, além de possibilitar diagnosticar problemas e lacunas de crescimento em relação a outros países (comparabilidade internacional).

Metodologia

O cálculo utilizado para potencial de  impacto na redução do custo da Infraestutura de Telecomunicação baseou-se nos seguintes critérios:

GAP OCDE: Diferença entre a densidade de acessos (número de acessos por 100 habitantes) nos países da OCDE e no Brasil. O gap em 2021 era de 20,8 acessos por 100 habitantes, passando para 17,8 acessos por 100 habitantes em 2023, com a densidade da OCDE sendo maior do que a do Brasil.

Correlação PIB e Banda Larga: Correlação entre o aumento de assinaturas de banda larga e o crescimento do PIB é utilizado como uma métrica para estimar o impacto econômico do aumento da densidade de acessos. A correlação estimada é de 0,04% segundo a International Telecommunication Union (ITU).

PIB do Brasil: O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em reais é utilizado como base para calcular o impacto potencial da redução do gap de densidade de banda larga. O valor para 2023 foi de R$ 10,856 trilhões.

Custo 2021: O Custo 2021 associado ao gap de densidade de banda larga em 2021 foi estimado em R$ 74,93 bilhões.

Para oferecer uma análise precisa do indicador, a metodologia prevê a atualização do Custo 2021 com base no IPCA do período (2022 a 2023). Custo 2021 corrigido: R$ 82,92 bilhões.

Potencial de Impacto: O potencial de impacto da iniciativa é estimado em R$ 69,26 bilhões, considerando que o Brasil possa atingir a densidade de banda larga da OCDE.

A análise considera que a densidade de acessos à banda larga no Brasil crescerá em ritmo semelhante ao da banda larga fixa, para a qual há dados disponíveis. Também adota a premissa de que um aumento na densidade de acessos está correlacionado com o crescimento do PIB, conforme estudos da ITU.

Para análise desta iniciativa, diversas fontes de dados foram ajustadas em relação às utilizadas no Custo Brasil 2021, resultando em uma nova avaliação dos custos e impactos projetados. O PIB foi atualizado com os dados mais recentes do IBGE, enquanto a densidade de banda larga foi revisada com informações da International Telecommunication Union (ITU) e da ANATEL. No Custo Brasil 2021, o custo da banda larga era estimado em R$ 43,5 bilhões; após a revisão, constatou-se que o custo real em 2021 foi significativamente mais alto, atingindo R$ 74,93 bilhões.