Eixo: Dispor da Infraestrutura

Ampliação e Diversificação da Matriz Logística

Você sabia que:

A ampliação e diversificação da matriz logística, com maior equilíbrio entre os  modais, poderá reduzir significativamente os custos de transporte e aumentar a eficiência econômica do país?

A ampliação dos modais ferroviário e cabotagem permitirá uma maior capacidade de carga transportada, reduzindo os custos logísticos e fortalecendo a integração regional, além de promover um meio de transporte mais seguro e sustentável, tornando a estrutura logística do país mais eficiente e resiliente a crises e variações de mercado.

 

Imagem de Introdução
Acompanhe o potencial de impacto da iniciativa (atualizado em Novembro de 2024)

O potencial de redução de R$ 224,76 bilhões no Custo Brasil representa os ganhos econômicos esperados com a redistribuição da matriz logística, conforme o cenário 4 projetado pelo Plano Nacional de Logística 2035 (PNL 2035).

 

R$ 224,76 bi de potencial de redução no custo da Infraestrutura Logística

Análise do tema e impactos na Competitividade

Diversificar a matriz logística brasileira é essencial para fortalecer a competitividade econômica do país. Ampliar o uso das ferrovias e da cabotagem, reduzindo a dependência do transporte rodoviário, é uma estratégia fundamental para otimizar custos e estimular o crescimento.

Atualmente, o transporte rodoviário predomina, representando mais de 70% do fluxo de cargas. No entanto, os modais ferroviário e marítimo oferecem vantagens importantes, como maior capacidade de carga, menores custos operacionais e uma menor pegada ambiental. Essa mudança pode aliviar os gargalos logísticos que afetam tanto a produção quanto a exportação do país.

Além disso, a integração das ferrovias e da cabotagem cria um sistema mais resiliente, capaz de reduzir a vulnerabilidade a crises e choques econômicos. Esses modais mais sustentáveis também contribuem para que o Brasil cumpra suas metas ambientais, com a redução significativa das emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com estudos do Plano Nacional de Logística (PNL), com uma redistribuição eficiente da carga entre os modais — rodoviário, ferroviário e cabotagem —, o custo logístico poderia cair de R$ 283 bilhões para R$ 59 bilhões. Isso representaria uma redução de 12,9% no custo por tonelada transportada, gerando uma economia substancial para o setor produtivo.

Essa transformação é crucial para reduzir o Custo Brasil, permitindo que o país se posicione de maneira mais competitiva no cenário global. Reduzir a dependência do modal rodoviário, diversificar a matriz de transporte e investir em infraestrutura moderna são passos fundamentais para um Brasil mais competitivo, sustentável e integrado.

MATERIAL PARA DOWNLOAD

Processos monitorados

Regulamentar o Marco Legal de Cabotagem (Lei 14.301/2022)

A lei visa modernizar e expandir a cabotagem no Brasil, promovendo o transporte marítimo de cargas, fortalecendo a infraestrutura portuária, simplificando procedimentos, reduzindo custos operacionais e estimulando a concorrência.

Pendente de publicação de Decreto e posterior publicação de Portaria pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR).

Regulamentar o Marco Legal de Ferrovias (Lei 14.273/2021)

A lei visa aumentar a eficiência e a competitividade do transporte ferroviário por meio da introdução do regime de autorização, que simplifica o processo de concessão e permite uma maior flexibilidade na exploração de ferrovias.

Pendente de publicação de Resolução pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Até o momento, dos 34 itens que necessitam de regulamentação, apenas 5 já foram regulamentados.

Instituir a Regulação Econômica da Praticagem (Lei nº 14.813 de 2024)

A lei visa designar a Marinha como a autoridade reguladora do setor, atribuindo-lhe a responsabilidade de definir e supervisionar práticas relacionadas ao serviço, incluindo a fixação temporária dos preços da praticagem para prevenir abusos e assegurar a equidade econômica.

Pendente de publicação de Portaria pela Marinha do Brasil (MB).

Reduzir o custo de financiamento de projetos de infraestrutura

O projeto visa estruturar projetos de infraestrutura de forma eficiente, enfrentando a complexidade que envolve desafios como impactos sociais e ambientais, riscos e contratos incompletos. Para garantir a segurança do setor produtivo em investimentos, é fundamental assegurar transparência e clareza nas informações dos projetos.

Aguarda a publicação do Relatório de Diagnóstico a ser emitido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Remover barreiras à navegação hidroviária

O projeto visa destacar o transporte hidroviário como o modal mais importante na região Norte, com potencial significativo em todo o país. Para aproveitar esse potencial, é essencial remover entraves regulatórios e atrair investimentos.

Aguarda a publicação do Relatório de Diagnóstico a ser emitido pelo GT do Custo Brasil junto ao CNDI.

Racionalizar as tarifas portuárias

O projeto visa otimizar as tarifas portuárias, considerando que foi mapeado um total de 105 taxas que incidem sobre a atividade exportadora, resultando em custos excessivos para o comércio exterior.

Aguarda a publicação do Relatório a ser emitido pelo GT do Custo Brasil junto ao CNDI.

Regulamentar o DT-e (Documento Eletrônico de Transporte)

O projeto visa normatizar o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e) e o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), já que a ausência de regulamentação pode comprometer seu uso, prejudicando o objetivo de simplificar, em uma única plataforma, todas as informações sobre as operações de transporte de carga.

Aguarda a publicação de Relatório do Ministério dos Transportes (MT).

Aprovar a Lei Geral das Concessões (Projeto de Lei 7.063 de 2017)

O projeto de lei propõe alterações à Lei nº 11.079/2004 com o intuito de reduzir o valor mínimo dos contratos de parcerias público-privadas (PPPs). O projeto consolida em um único documento as normas vigentes sobre concessões, estabelecendo um novo marco legal para concessões e PPPs no Brasil. A proposta visa unificar e simplificar as regras, contribuindo para uma gestão mais eficiente e acessível desses contratos públicos.

Aguarda apreciação na Câmara dos Deputados.

Debêntures Vinculadas (Lei 14.801 de 2024)

A lei visa incentivar investimentos privados em infraestrutura no Brasil por meio de incentivos fiscais para investidores em debêntures vinculadas a projetos prioritários.

A lei foi regulamentada em outubro de 2024 com a publicação de Portaria por parte do Governo Federal.

Aperfeiçoamento dos processos de outorgas portuárias (Programa Navegue Simples)

A simplificação e a melhoria da eficiência nos processos de outorgas e na gestão de contratos portuários são essenciais para promover maior agilidade, transparência e competitividade no setor.

Aguarda a publicação de Ato Normativo do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR).

INDICADORES

A utilização de Indicadores faz parte de uma metodologia de monitoramento capaz de medir a conjuntura econômica e sua evolução, além de possibilitar diagnosticar problemas e lacunas de crescimento em relação a outros países (comparabilidade internacional).

Metodologia

O projeto baseia-se no Plano Nacional de Logística (PNL 2035), que propõe cenários de evolução da matriz de transportes com uma maior diversificação entre os modais rodoviário, ferroviário e de cabotagem. 

O cálculo utilizado para potencial de  impacto na redução do custo da Infraestrutura Logística baseou-se nos seguintes critérios.

Custo t: Custo logístico do Cenário Base.

%ROD, %FER e %CAB: Porcentagens da matriz logística relativas à rodovia, ferrovia e cabotagem, conforme os cenários considerados.

Carga: Carga total brasileira em TKUs: 2.179.450.000.000 

Preço: Preço do frete ponderado pelo tamanho do modal na matriz conforme os cenários considerados.

Cenários Considerados:

Cenário Base (2017):

  • Rodoviário: 71,11%
  • Ferroviário: 19,00%
  • Cabotagem: 9,89%
  • Preço: R$ 0,31/TKU
  • Custo Logístico: R$ 283,7 bilhões

Cenário 4 (Projeção Provável do PNL 2035):

  • Rodoviário: 54,93%
  • Ferroviário: 33,59%
  • Cabotagem: 11,47%
  • Preço: R$ 0,27/TKU 
  • Custo Logístico: R$ 58,95 bilhões

 Os cenários projetados no PNL 2035 visam reduzir a dependência do transporte rodoviário, aumentando a participação de modais mais eficientes. São considerados diferentes cenários para redistribuição modal.

A nova matriz logística baseia-se no cenário 4, que adota uma abordagem conservadora em relação à demanda, alinhando-se ao cenário de referência que projeta apenas o crescimento médio esperado para os modais de transporte. Considerando a estabilidade da demanda, o cenário adotado inclui a execução dos projetos que já constam na lista de projetos qualificados pelo governo, somados aos projetos aprovados no Plano Plurianual (PPA) e àqueles que estão em estágio avançado de estudo pelo governo.

A redistribuição da matriz logística pode gerar uma redução econômica significativa ao diminuir os custos logísticos associados ao uso intensivo de transporte rodoviário.